domingo, 23 de maio de 2010

Fazendo justiça ao nome do blog !




Hoje, o dia está lindo ! Aliás, dia só, não ! Semana de sol, sem nuvens, ruas cheias de gente e gente sorrindo, o mais importante ! Pois é, essa situação do bom humor, na Primavera-Verão, me chamou a atenção assim que cheguei aqui e, hoje, passados 11 anos, ainda me surpreendo com a alegria e bom humor do europeu quando faz um dia bonito ! Acho que já estou virando a casaca, eu ,também, fico feliz da vida e só faço agradecer quando vejo um dia assim .
Acordei com a minha irmã, que mora na Inglaterra, toda feliz, dizendo que o verão, que no ano passado caiu num domingo.....(rs) esse ano chegou mais cedo porque, ontem e hoje, na terrinha do foggy day estava lovely day!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Impressionante como banalizamos o sol no Brasil e, só nos damos conta da importância dele, quando saímos do hemisfério sul e entramos no hemisfério norte. É um tal de fazer barbecue ( os vizinhos ingleses já começaram.....olha o sol aí, gente) o sobrinho adolescente, já entrando na vida adulta e, com o mau humor que é peculiar dessa fase, acorda cedo para lavar o carro, o padre faz uma homilia mais rápida para que todos possam aproveitar o dia, as cajazeiras esquecem o mau humor matinal, trocam receitas, contam fofocas e, por aí vai.
A outra irmã, disse que todo mundo está de bermuda, em Viena ( apesar dos 13 graus mas está sol, então tá, vamos combinar que é hora de andar de bicicleta pelas lindas florestas ao redor da cidade)

Para não perder o hábito, coloquei minha bike, dobrável, no carro e rumei para o Tejo, minha 2ºcalçada preferida para andar (ou melhor ciclovia). Claro, que o Calçadão de Ipanema é o 1º, não perde para lugar algum e justiça seja feita, apesar de a-do-rar, Lisboa, Ipanema é sempre Ipanema !Mas voltando ao nome do blog, andar no calçadão de Ipanema e do Tejo é sempre surpreendente.




Muitas vezes minhas amigas cariocas morrem de vergonha e dizem que estou mais para imigrante do que carioca ( vide as minhas malas quando eu volto para Lisboa é pacote de paçoca, mate leão, jujuba, feijão preto, farofa café, catupiry e só não trago biscoito O Globo, porque só é gostoso comer na praia )mas, também, porque cada vez que dou de cara com um global, tenho vontade de dizer que fui vê-lo, no teatro Tivoli, que os portugueses e brasileiros adoram quando as peças e os shows chegam a Lisboa etc...
Mas elas têm razão, sempre pago mico.Há uns anos atrás interrompi a caminhada do Marcus Caruso e contei que a peça Intimidade Indecente, que ele atuou com a Irene Ravache, em Lisboa, além do sucesso que ele sabe que foi ( todas as sessões lotadas aqui e no Brasil ) foi assunto na cidade, por muito tempo nos deixando orgulhosos com os comentários e críticas maravilhosos a respeito do texto e atuação dos dois.

Agora, me diz uma coisa, eu posso ver passar o Chico Buarque, em pleno calçadão e ficar quieta? Posso, porque todo mundo passa por ele, finge que não está nem aí, faz aquela cara blasé, tipo carioca é cool e segue em frente e não para o ritmo, senão não é carioca e, como não perdi a chancela de ser carioquíssima nem perdi o sotaque, finjo também mas viro o pescoço e pergunto para minha amiga de caminhada:
Tereza,aquele não é o Chico? resposta dela
- Claro que é ! Você sempre viu ele aqui e nunca deu bola, não estou te reconhecendo!!!!!!!!! Nem eu !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Mas que dá vontade de falar com esse povo, ah, isso dá ! Aí lembro das minhas raízes e passo batida e blasé por todos eles !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Deixo aqui minhas homenagens não só ao sol ( seja sempre bem-vindo) mas também a Ipanema e ao Tejo

Dicas da semana:

Aluguel de bicicleta na ciclovia do Tejo - no quiosque ao lado do Museu da EDP (por volta de €2,50 a hora - tem que deixar um documento )

Em Cascais, as bicicletas são emprestadas, pela prefeitura, bastando deixar um documento oficial nos vários quiosques espalhados pela cidade ( um fica em frente à estação de comboios (trem) de Cascais, outro ao lado da Casa da Guia, um casarão com restaurantes, bares, lojas etc... na Quinta da Marinha, em direção à praia do Guincho.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Depois que finalizei o post sobre os museus, em volta da Praça das Amoreiras, me lembrei que as paisagens mais bonitas, do alto do Museu da Água, não entraram. Como as imagens falam por si mesmas e, em respeito, aos meus queridos "fãs" e seguidores ( menos, tia Lilian, menos....) não escreverei mais nada. Deixo uma série de fotos que, tenho certeza ,vocês vão gostar. Follow me !

































http://www.museudaagua.epal.pt/

terça-feira, 18 de maio de 2010

Da série A Noite dos Museus parte III - isso está parecendo filme do Indiana Jones, não acaba......

Prometo, que essa série está chegando ao fim, mas quem manda ter uma máquina fotográfica sempre na bolsa?Sempre que vejo algo interessante, quero dividir com vocês ( by the way, obrigada pelos comentários tão carinhosos, desde que iniciei o blog - na verdade foram vocês, amigos e família, que mais me motivaram a abrir minhas histórias, já que ao longo desses 11 anos, estava fazendo isso de uma forma informal mas private agora estou mais metidinha e ousada, mas conto com as críticas construtivas de todos vocês( já marquei hora no terapeuta, hehehehehehehe) Como diz a minha família , estou me sentindo mas que é muito bom ser acarinhada, isso é !

Então vamos em frente e terminar esse bloco degustação que deveria se chamar genérico da Igreja de Santa Engrácia. Aqui em Portugal, quando uma coisa demora a terminar, todos dizem estar igual às obras de Santa Engrácia, com obras iniciadas em 1570, sendo arrastada até 1861 e totalmente finalizada no século XX, nos anos 60 ! Desde 1916 é o Panteão Nacional, com os túmulos de Presidentes da República, da fadista Amália Rodrigues, de escritores como Almeida Garret, Guerra Junqueiro etc.. Hoje, dia 18, é um excelente dia para se conhecer o Panteão, pois a cúpula que, normalmente, o público não tem acesso mas por ser dia internacional do museu, o acesso deverá estar liberado (pelo menos nos outros anos eu fui e achei a vista para o Tejo e Alfama, lindíssima!)
Um dos passeios ( são 4) pode começar pelo Aqueduto até chegar no Reservatório. Tênis são mais apropriados para esses passeios, bem como roupas confortáveis. São muitas escadas, túneis, etc.... São 35 arcos, sendo 14 ogivais ( que mais lá na frente vou mostrar que o arquiteto espanhol Santiago Calatrava, se inspirou, nessas ogivas do aqueduto, para fazer a moderna Gare do Oriente, na zona da Expo, em Lisboa ).O Aqueduto tem 941 metros de comprimento e , na época ( a partir de 1748), servia não só para passagem da água para abastecer Lisboa como ponto de acesso à cidade, da corte e do povo, sendo a passagem feita no cimo dos arcos.


Na sala principal do museu tem tem sempre exposições temporárias e de 13 de maio até 12 de junho pode-se ver um projeto de arte multimedia " A memória da Água" .

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Degustação Parte II - Museu das Águas Livres

Depois do lindo concerto do Grupo de Música de Câmara e, tendo um intervalo de 2 horas para o outro show, dentro do museu , resolvemos atravessar a Praça e ir conferir a exposição multimedia no Museu da Água ( Reservatório da Mãe DÁgua)



Atravessando a praça e passando por baixo dos arcos,chegamos no museu e, de repente, demos de cara com figuras do século XVIII passeando pelo jardim, recriando a história da época de
D. João V, que mandou construir o Aqueduto com obras iniciadas em 1732, entrando em funcionamento em 1748





















Perguntei se poderia tirar uma foto do casal e, ainda não integrada no espírito da Corte, o rapaz me responde - Pode tirar enquanto andamos pois aqui na Corte não fazemos outra coisa a não ser passear e passar o tempo , numa voz suave e baixa, contrastando com a minha rápida e agitada!!!!!!!!!!!!!!!!!!!


Logo em seguida, paramos para conversar com vendedores do famoso licor de Ginja ( similar à cereja ), típico da região de Óbidos, cidade medieval, linda, linda, linda. Passeio obrigatório que se faz em 45minutos, de Lisboa, pela A8

Já devidamente integrada aos passeios da Corte, passamos do século XVIII aos dias de hoje, com uma exposição multimedia, dentro do Reservatório, surpreendendo a todo mundo pelo impacto do local, das luzes, do contraste do moderno com o antigo ( barroco) e, com outras surpresas que valem a pena a visita. Mas isso fica para o post de amanhã !

domingo, 16 de maio de 2010

Degustação artística, musical, patrimonial e cultural de um sábado movimentado !


Chamei de degustação esse título, pois resolvi postar um pouquinho de atividades culturais ocorridas, ontem, por conta do evento Noite dos Museus. Tenho certeza que ficarão encantados, como eu fiquei !

Escrevi, semana passada, que no dia 18 de maio é o dia internacional dos museus e, como em anos anteriores, o instituto de museus de portugal promove a Noite dos Museus, que além da entrada gratuita promovem atividades na área musical, literária, plástica etc... até 01h da manhã.
















Um dos meus museus favoritos, em Lisboa, é o Museu Arpad Szenes-Vieira da Silva. Além do museu, a Fundação que leva o nome do casal de pintores tem por objetivo expor, divulgar e promover não só as obras da artista plástica franco-portuguesa Maria Helena Vieira da Silva e seu marido, Arpad Szenes, bem como de artistas contemporâneos e ainda, colóquios, conferências, cursos etc...

Situado de frente para uma das praças mais bonitas de Lisboa, o museu está instalado numa antiga "Fábrica de Tecidos de Seda" cedido pela Câmara Municipal ( leia-se Prefeitura) e, totalmente recuperado já que a contrução da fábrica data do século XVIII (1759)

Além do prédio ter ficado lindamente recuperado, ainda faz parte da praça os arcos do Aqueduto das Águas livres (matéria para outro post) e a capela de Nossa senhora de Monserrate, inserida na arcaria do aqueduto. O belo e bem cuidado jardim tornou a praça num dos jardins mais românticos da capital portuguesa (as amoreiras que deram nome à Praça foram retiradas em 1863 )

Ah ! O local escolhido, para o museu, seguiu o desejo expresso do casal Arpad-Vieira da Silva que, para além do passado histórico do quarteirão tinha também a ver com a casa/atelier a poucos metros dali.





















Para quem não conhece o museu e adjacências, fica aqui a minha sugestão de um local super interessante, rico e histórico num quarteirão cheio de charme e beleza !



Fundação Arpad Szenes-Vieira da Silva - Praça das Amoreiras,58